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# 31. 🔴 Jeane - A CEO do Fleury e rainha da saúde
Olá pessoal,
Quem me conhece sabe que eu adoro novas ideais, tecnologia e inovação. (#weloveAI)
Mas ao revisar a performance das empresas de saúde em 2023, percebi uma coisa:
O sucesso veio para quem focou no básico bem feito.
Um exemplo que resolvi explorar foi o grupo Fleury, que navegou uma mar vermelho nos últimos anos e conseguiu manter a empresa saudável em meio a um cenário bem desafiador.
O que eu acho que está por trás disso:
A capacidade da CEO Jeane Tsutsui em dizer “NÃO”.
Tempo de leitura : 5 minutos
💬 Em pauta
Pense comigo…
Qual empresa de saúde conseguiu:
Equilibrar as suas contas
Fugir de dívidas (em cenário de juros altos)
Fazer uma fusão bem-sucedida
Aumentar o crescimento e lucro líquido
Pode pensar com calma rs. São poucas.
E dentre elas uma me chama a atenção - Grupo Fleury.
E acredito que um dos motivos principais foi a habilidade da sua CEO - Jeane Tsutsui em falar NÃO para:
Teses megalomaníacas de ecossistema de saúde
Evitando cair em uma febre de compra de hospitais, clínicas e startups, o que poderia tirar o foco do core na medicina diagnóstica. Algo que acabou impactando a DASA.Compra de ativos com preço alto
A Jeane evitou comprar outras redes de laboratório, porque julgou que o preço estava muito acima do valor de mercado (isso mesmo sofrendo pressão dos acionistas para expansão).Entrada no mercado de hospitais
No fim é tudo saúde certo? 🤔 Não é bem assim. Para uma empresa que tem 91% da sua atividade relacionada a medicina diagnóstica, entrar no mercado de hospitais pode ser bem desafiador. A Jeane preferiu dizer não e acertou.Distrações em novas frentes de atuação
Ao invés de colocar energia extra na parte de “novos elos” (nome do Fleury para atenção primária, consultas, terapias, infusões e pequenas cirurgias), a Jeane dedicou boa parte do foco na fusão com o Hermes Pardini, com uma olhar para sinergias, adaptação da cultura, integração dos sistemas e dos colaboradores.
O resultado veio.
Hoje o Fleury tem mais de 500 unidades em 13 Estados.
Chegou a marca de 22.000 colaboradores e 4.900 médicos.
A receita anual em 2023 bateu 7 bilhões.
Um crescimento de 44,9% em relação a 2022.
Mantendo uma margem de lucro estável e saudável, de 7,2%
O que eu aprendi de tudo isso com as ações da Jeane.
Não subestimar quanta energia uma empresa precisa colocar para algo que parece "relativamente simples” - integração com outro laboratório.
Não subestimar a complexidade de um laboratório entrar em um business totalmente diferente - como hospitais e operadoras.
Não cair no hype de ecossistema de saúde e tecnologia. Uma empresa de medicina diagnóstica não é uma empresa de tecnologia, é uma empresa de serviços. E trocar o core para tecnologia pode colocar em risco toda a operação.
9% não é pouco - esta a fatia de receita da parte de “Novos elos” e Plataforma de saúde. Ou seja, uma entrada discreta, mas sólida em um novo mercado, de forma inteligente.
Quer entender mais os resultados do Fleury?
Seguem alguns links interessantes 👇️
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Livro - sistema de saúde em pedaços
Por mais que a gente não goste de reconhecer, o sistema de saúde é bem fragmentado. 🫠 Tanto no Brasil, como em outros países.
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Estou lendo esse livro chamado “Fragmented", da médica Ilana Yurkiewicz, que detalha as falhas do sistema de saúde.
Vale a leitura.
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Este artigo da empresa Peloton resume muito bem o efeito do exercício físico no nosso cérebro.
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Via Readwise
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Domingo que vem tem mais,
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Thiago Liguori